sábado, 24 de dezembro de 2011

O Natal Espírita.



O Natal de Jesus é a oportunidade que temos de comemorar a data de seu nascimento e também fazermos alguma coisa em favor do próximo, já que ainda não podemos fazer este bem ao próximo diariamente. Com Jesus temos a oportunidade desejada e sonhada. Por isso, os espíritas também comemoram o Natal de Jesus, como uma oportunidade de fazermos algo a alguém. (t) Perguntas/Respostas: Como um espírita deve proceder nesta data, diante dos apelos da mídia? Devemos proceder com equilíbrio, uma vez que o Natal seria para comemorar o nascimento de Jesus. Com os presentes que a sociedade nos habituou a dar, uns aos outros, ficamos com uma despesa não prevista. Por isso, devemos agir com moderação e lembrar que, afinal de contas, o aniversariante pede que façamos ao outros aquilo que ele gostaria que fizéssemos, ou seja, compartilhemos com os outros a festa de comemoração de Jesus. (t) A Doutrina dos Espíritos é sempre verdadeira em suas elucidações. Como manter-se fiel a esse princípio sem informar a verdadeira data do nascimento de Jesus? Se não o faz qual o objetivo? Não se sabe realmente quando Jesus nasceu. Há estudos dos nossos irmãos evangélicos que indicam como data provável o mês de setembro. A tradição firmou esta data como dezembro. Para nós, o importante é lembrarmos do Mestre, pelo menos nesse período, já que, muitas vezes, não o lembramos senão diante de apelos. Assim, devemos lembrar desta oportunidade de Jesus e agirmos como se ele estivesse realmente aniversariando naquele mês. (t) Que valor podemos/devemos dar aos auxílios de Natal que algumas pessoas fazem questão de preparar todos os anos, como que para descarregar a própria consciência, principalmente quando no restante do ano nada mais fazem em termos de, pelo menos, tentarem praticar a caridade? Realmente, as pessoas estão aprendendo a amar ao semelhante. As pessoas a que você se refere são iniciantes na sublime arte do dar sem esperar compensação de espécie alguma. Como iniciantes, podem realmente agir de modo a descarregar a própria consciência. Não devemos expulsá-los. Eles realmente são iniciantes na sublime arte do amor ao próximo. (t) Qual a importância da comemoração da festa de Natal para os espíritas? Afinal, acreditando-se na reencarnação, não se tornam pouco importantes festividades ligadas ao nascimento de alguém? Devemos entender o Natal como a oportunidade de lembrarmos de Jesus com intensidade. Realmente a comemoração para nós está mais em função dos outros do que para nós mesmos. Exemplifico: Uma criança de um orfanato que foi habituada a crer em Papai Noel, nas festividades de Natal, enfim, está envolvida em todas essas comemorações. Como dizer a ela que Papai Noel não existe? Não é melhor esperar que ela mesma cresça, amadureça e se conscientize disso? O tempo fará este milagre. Creio que dulcificamos os corações nestas ocasiões de festividades coletivas como o caso citado do orfanato, em que as crianças geralmente ficam sós com a dura realidade da vida. Assim, entendemos que os espíritas, pessoalmente, não compartilham de uma festividade como a de Natal, mas nada impede deles colaborarem com a alegria, com o sentimento fraternal entre as criaturas e, até mesmo, com uma grande dose de amor aos outros, pelo simples gesto de dar-se às mãos. (t) Sabemos que Jesus é um espírito puro, altamente evoluído e sabemos também que a atmosfera terrena é incômoda para os espíritos puros. Contudo, nesta ocasião de Natal, Jesus se aproxima mais do planeta? Em caso afirmativo, qual a causa (ou causas) disso? Chico Xavier informa que Jesus se aproxima da Terra nesta ocasião. Acredito que seja em função das lembranças inúmeras que os homens têm dele. E entendemos também que esta é uma oportunidade de solidariedade que os homens praticam e que Jesus aproveita-se da mesma para distribuir suas bênçãos. (t) Como se dá a influência dos espíritos para que se modifique a forma como vivenciamos o Natal? Os espíritas estão aprendendo a solidariedade humana com os espíritos. As mensagens inúmeras que eles nos enviam, sugerindo-nos a prática do bem, já faz começar uma nova mentalidade acerca do verdadeiro espírito de Natal. Acredito também que é a oportunidade que os mesmos espíritos de sugerirem que aprendamos o desprendimento dos bens terrenos. Vejamos como os espíritas se solidarizam mais ainda no Natal de Jesus. Com o decorrer dos séculos, a humanidade aprenderá, certamente, a viver em espírito e verdade. (t)Nossos irmãos cristãos costumam crer que Jesus tenha nascido devido a obra e poder do "Espírito Santo" sobre Maria. Como o Espiritismo explica o nascimento de Jesus? A doutrina espírita não acredita em milagres. Assim, Jesus, com certeza, nasceu como todos os homens nascem. Se alguns acreditam que Jesus nasceu de outra forma, perguntaríamos se ele se prestaria a "quebrar" a Lei de Deus. Por outro lado, entendemos, ainda com a doutrina espírita, que a Natureza não dá saltos e as pessoas podem até crer de forma equivocada acerca de Jesus, etc. Mas os espíritas devem entender de modo bem claro a Lei de Deus. (t) Uma festa de Natal com mesa farta de carnes, polpudos leitões e faisões, pernis e bacalhau, chesters e cabritos. E esses irmãos animais sacrificados para essa data? Como é que eles ficam (especialmente levando-se em conta a consciência de espírita que deveríamos possuir)? Realmente estamos aprendendo a comemorar o Natal moderadamente. E devemos compreender que "o governo" está nos ajudando com uma festa bem mais modesta. :) De qualquer modo, devemos agir como espíritas e, portanto, moderadamente, procurando, inclusive, dar de nossa mesa para aqueles que não a tem. Há centros, como o Centro Espírita Léon Denis, no Rio de Janeiro, que se esmeram em atender aos assistidos que ele conhece. Esta é uma oportunidade de comemorarmos o Natal de Jesus minorando as dores dos semelhantes. (t) A aproximação de Jesus, aludida em uma resposta anterior, não quer dizer ausência de Jesus na Terra, mas a nossa aproximação mental? Não, quer dizer que ele está localizado mais ou menos distante da Terra e quando se aproxima ele está mais próximo da Terra. E a aproximação mental somos nós quem fazemos. Jesus estará sempre atento às menores manifestações de acesso a ele, se assim o fizermos. (t) Como devemos encarar a figura do "Papai Noel" dentro do Espiritismo? Apenas uma figura com apelo comercial, ou devemos evidenciar os valores do "velhinho que distribuía presentes aos pobres", segundo nos contam alguma lendas a respeito de São Nicolau? Devemos entender que Papai Noel é um apelo comercial realmente, mas que a sociedade está impulsionando na direção de fazermos com que saiamos de dentro de nós mesmos e nos dirijamos aos nossos semelhantes. Entendemos, assim, que Papai Noel é um comércio, mas nós vamos ultrapassar esta barreira e sentir o nosso próximo, realmente, com amor. (t) O que é comemorar o Natal todos os dias? É lembrarmo-nos de que Jesus existe e nós iremos praticar a Lei de Amor ao Próximo que ele nos ensinou diariamente, ao mesmo tempo que iremos doar de nós mesmos conforme ele mesmo o fez. (t) Qual deve ser o verdadeiro espírito de Natal? Pensarmos em Jesus, termos alegria real quando estivermos reunidos com os nossos amigos e lembrar de que se eu não posso estar com Jesus na data do seu aniversário, eu posso estar com os meus amigos praticando o sentimento que Jesus nos ensinou. (t) Como você vê o excesso de discursos bonitos e pouca prática do que se prega, principalmente nos meios ditos Cristãos? É uma falha do nosso espírito ou do espírito dos outros. Na verdade, nossos pensamentos e palavras e também os atos deveriam ser unos, mas o que vemos são pessoas falando do que não pensam, pensando no que não devem e, acima de tudo, esquecendo da realidade de que todos devemos nos unir na prática do bem. (t) Sair de dentro de nós e fazer com que os olhos nas vitrines aumente o desejo de posse negligenciando o espírito da reencarnação. Isto não será conviver em omissão com o passado imposto no presente, pelos potentados de César? Entendo que estamos na Terra para dirigirmos os nossos pensamentos e conduzirmos os nossos atos. Se estamos diante de uma vitrine que nos acena com forças ou prazeres acima das nossas possibilidades, precisamos exercitar, com maior vigor, a vontade para controlarmos a ação do passado sobre nós. Por outro lado, o homem moderado, ao ver os apelos da sociedade moderna, estará aprendendo a controlar-se. Ele não deve ter medo desses apelos. Deve ter medo de si mesmo quando se ver como uma pessoa imoderada. (t) Você poderia nos falar um pouco sobre o histórico do Natal? Foi um papa que estabeleceu um costume cristão sobre uma festa pagã igual ao que foi feito com relação ao Carnaval, em outra circunstância. Mas podemos dizer que foi um piedoso costume que se tentou passar à Humanidade. Lembre-se que o grande apelo comercial em torno das festividades natalinas não existia no século passado. Isto é fruto da sociedade moderna que tem a seu dispor poderosos veículos de intercomunicação entre os seres, que são o rádio, a televisão e outros mais. (t) No momento em que nossa família estiver reunida em torno da mesa para as comemorações do Natal, quais as suas recomendações para nossas atitudes (uma prece, um papo sobre Jesus, um silencio pessoal)? Dependerá da sua família. Se você puder falar de Jesus uns cinco ou dez minutos, será ótimo. Mas se você não puder falar, faça o seu silêncio pessoal. O mesmo com referência à prece. Se não devemos ser insistentes incomodando aos outros, que não compartilham com as nossas crenças, também temos o direito de pensarmos em como agir segundo os atos cristão. E esse "como agir" pode ser, como já foi dito, ficarmos em silêncio, pensando. (t) Assim como os espíritos romperam com a idéia do sobrenatural, não nos cabe a responsabilidade de começar a trabalhar a idéia espírita do Natal? Sim. E os espíritas já estão fazendo isso. Quando atendemos aos pobres, já estamos lembrando de Jesus, porque estamos agindo em nome dele. Quando oramos, também já estamos fazendo isso. Finalmente, o fato de não comemorarmos o Natal com bebedeiras já mostra que estamos modificando o Natal.:A cada Natal sentimos que os seres humanos estão se solidarizando e os espíritas têm uma grande contribuição neste sentido. Não desgostemos do Natal, apenas tornemos o mesmo compatível com Jesus. Digo compatível porque não podemos fugir de certas realidades, como presentear a filhos, a pais, mas podemos ir convivendo com uma realidade mais humana, menos comercial e com aumento de sentimento. E que Jesus nos ensine a distinguir as coisas de modo bem claro e positivamente. Abraços a todos e até breve! (t) Oração Final: Queridos amigos, que possamos abrir nossos corações a esse sentimento tão lindo de amor e possamos, juntamente com nossos familiares, sentir e transmitir os ensinamentos deixados por Jesus. Que nossas lembranças estejam voltadas para o bem, formando uma corrente de amor, atingindo toda a humanidade. Que possamos ser iluminados por esses sentimentos bons e que tenhamos todos o amparo de nossos amigos espirituais. Que possamos conservar em nós, por muito tempo, esse sentimento fraterno despertado nessa data e possamos exemplificar com atos todo o conhecimento e experiência adquiridos.
Desejo muita Paz e Luz a todos!!!



domingo, 11 de dezembro de 2011

"Natal é Esperança"


Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra e boa vontade para com os homens.
( Lucas, 2: 14. )


O Evangelho de Lucas, no capítulo 2, v.14, conta do aparecimento de um anjo aos pastores, enviado por Deus, anunciando a presença de Seu Filho, o Cristo, ungido por Ele, nosso Pai Celestial, com a missão de trazer a todos os homens a sua paz.

O anúncio que o anjo de Deus fez e o aparecimento das legiões que o acompanhavam nos permitem refletir um pouco sobre esse momento de sublimidade, que a cada ano vemos repetir-se, sem, contudo alterar nossas vidas.
Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra e boa vontade para com os homens, nos disse o Emissário Celeste, conduzindo os pastores, que guardavam seus rebanhos durante a noite, a buscarem a luz da estrela que ficaria brilhando para sempre em nossos corações.
É importante refletirmos sobre isso para que não repitamos as palavras do anjo, apenas em cartões de Natal, que enviamos, às vezes, por simples obrigação, mas, sim, porque desejamos realmente compartilhar a alegria desse dia. É imprescindível verificarmos se no abraço que damos no companheiro, repetindo as palavras. Paz em seu lar.
 Muita paz em seu coração? Elas representam verdadeiramente, o sentimento fraterno de que desejo ao outro o que quero para mim. Ou se somente cumprimos um ritual social ao qual estamos acostumados.
É necessário repensarmos nossos sentimentos nesta ocasião porque Natal significa nascimento e nascimento quer dizer renovação recomeço ou, talvez, apenas começo. Começo de nova caminhada, de novos entendimentos, de nova compreensão do porquê estarmos aqui, de quais são nossas tarefas, de quais são nossas reais necessidades, de procurarmos descobrir com vontade firme e perseverança nossas capacidades interiores de sermos pessoas melhores, de aprendermos a ser mais tolerantes, mais misericordiosos, mais companheiros dos nossos companheiros de jornada, porque nunca caminhamos sozinhos.
Natal significa nascimento, nosso nascimento a cada dia que amanhece.  

Assim como a luz do Cristo brilhou para nós com sua vinda, a cada manhã a luz da renovação brilha em nossos corações nos convidando ao aperfeiçoamento e à iluminação.


E que renovação é essa a qual somos convidados há realizar cada dia? Que luz é essa que sentimos brilhar dentro de nós e que nos fortalece para que comecemos nossa jornada com ânimo e alegria.
Natal significa nascimento, nosso nascimento a cada dia que amanhece.

Assim como a luz do Cristo brilhou para nós com sua vinda, a cada manhã a luz da renovação brilha em nossos corações nos convidando ao aperfeiçoamento e à iluminação.


E que renovação é essa a qual somos convidados a realizar cada dia? Que luz é essa que sentimos brilhar dentro de nós e que nos fortalece para que comecemos nossa jornada com ânimo e alegria?

A paz na Terra é a paz da bem-aventurança prometida por Jesus, em nome de Deus e que já está sendo vivida por aqueles que irradiam, ao seu redor, uma atmosfera de amor para com todos; daqueles que são capazes de praticar o bem sem nada pedirem em troca; daqueles que podem dizer, ao se prepararem para dormir: Obrigado Jesus por ter podido ser útil ao meu próximo neste dia.


A conquista da paz interior é exercício do amor verdadeiro em benefício dos outros e esse exercício não cansa o coração que ama. Muito pelo contrário, Natal significa nascimento de Jesus em nossos corações. Significa o nascimento da esperança, a cada dia, quando conseguimos compreender a semeadura de luzes que Jesus veio realizar em nós. E, quando nos dermos conta de que temos, ao despertar em cada manhã, infinitas possibilidades de trabalho para nossa elevação, e que, na realização delas, encontramos as sementes luminosas do Mestre clareando nossa caminhada, entenderemos o que significa comemorar o Natal, porque o estaremos realizando em nossos próprios corações.

Temos consciência de que é com bastante dificuldade que conseguimos nos manter, algumas vezes, ligado a essa luz.
Mas também temos consciência de que nosso esforço para que isso aconteça mais de uma vez e para que esse tempo dure cada vez mais, é sempre recompensado pelas benesses divinas 

Cada movimento que fazemos para nos elevarmos acima dos sentimentos egoístas que ainda nos comandam a vida, nos aproxima do Mestre Jesus. Cada vez que abaixamos os olhos e conseguimos ver nosso irmão necessitado, principalmente em nossos lares, tendo a coragem de estender-lhe a mão, reerguendo-o para que caminhe ao nosso lado, estamos fazendo Jesus nascer dentro de nós.


Somos ainda Espíritos jovens no entendimento das coisas divinas. Sentimos Jesus tão distantes de nós e não o percebemos ao nosso lado, representado pelo cuidado que dispensamos ao nosso lar, pelo atendimento aos aflitos que nos cruzam o caminho, pela necessidade que sentimos de fazer o bem, pela paciência que temos com o colega de trabalho que se encontra aturdido, pela educação com que tratamos aqueles que nos servem, e tantas outras formas, que nem sabemos quantas.

E, justamente por não compreendermos bem onde está Jesus, ficamos aguardando, tanto no Natal como todos os dias, que o Divino Amigo venha nos abençoar e atender nossas rogativas. Ficamos esperando que Ele desça até nós atendendo aos nossos desejos, enquanto o Mestre querido, pacientemente, permanece aguardando que, através das luzes dos seus ensinamentos, subamos até ele.

Que possamos todos, principalmente neste Natal, renovar nossas disposições de atender ao chamamento de Jesus: Vinde a mim vós que estais aflitos que eu vos aliviarei.




Leda Maria Flaborea

(Publicado no Boletim GEAE Número 406 de 12 de dezembro de 2000)

Com esse texto maravilhoso desejo a todos um Natal de muita Luz E Paz.
Natal de 2011
Vera Palma





Natal é festival de esperança. E o que mais o mundo necessita hoje é esperança autêntica.
Temos posto a esperança em coisas erradas. Esperança no progresso humano, no gênio inventivo, no futuro melhor, no poderio militar, na segurança financeira, na eficiência do governo, nos movimentos, nos grandes líderes, nos partidos políticos, nas negociações de paz.
 Mas todos tem falhado em nos dar esperança. Temos descoberto que ter esperança em qualquer deles é conhecer desapontamento e finalmente experimentar o desespero.
A desesperança, contudo, é também profundamente pessoal. As pessoas nos desapontam quando nelas pomos a nossa esperança.
 Quando não podem ser a nossa fonte de felicidade, nosso coração se parte. Colocamos a esperança em nossas carreiras, em nosso planejamento financeiro e em nossas habilidades.
 Os revezes da vida nos chocam com a compreensão de que nossa esperança se encontra no lugar errado.
 Nossos planos para o futuro podem empurrar-nos para o amanhã com o anseio de que as coisas hão de acontecer como sonhamos.
 Mas as coisas raramente funcionam como planejamos. As circunstâncias, as pessoas, nós mesmos, e os nossos talentos não são fontes confiáveis de esperança. Precisamos de algo mais que sonhar acordados ou esperar cegamente que tudo dê certo. Precisamos de uma esperança vibrante na dor, coerente no pesar, incansável no quebrantamento de coração, inatacável no desapontamento e imorredoura na pressão da vida.
 Você possui uma esperança assim? A sua esperança é confiável?
A verdadeira esperança não advém do planejamento, nem provém da procura da esperança.
 Ela cresce a partir de duas convicções básicas: que Deus está no controle e que Ele intervém. É por isso que uma verdadeira experiência do Natal nos traz esperança duradoura.
"O fundamento de nossa esperança é Cristo no mundo, e a evidência de nossa esperança é Cristo no coração." 
Matthew Henry


domingo, 4 de dezembro de 2011

AGRADECIMENT0


Na vida terrestre, bem podemos entender que toda a relação entre os seres e o Criador da Vida é demarcada pelo fenômeno do agradecimento.
A natureza sabe ser grata pelas ofertas do Criador, dando aos humanos sublimados exemplos nesse sentido.
O solo costuma agradecer ao Pai do Céu pela confiança do lavrador, quando guarda em seu seio as sementes prenhes dos recursos potencializados do futuro vegetal. O agradecimento do solo, assim, é a promoção da germinação da semente aninhada sob sua calidez.
O vegetal agradece a DEUS enfeitando-se de flores, muitas vezes detentoras de raros perfumes e de cores exóticas. As flores, por sua vez, agradecem a
ramagem que as sustenta, homenageando a vida com a oferta de seus frutos.
A brisa rende graças ao Senhor por poder movimentar-se, celeremente, em todo lugar, e, por isso beija as florações, refrescando-as, carinhosamente. As florações são agradecidas à brisa refrescante embalsamando-a com seu perfume.
A corrente fluvial agradece pelo leito em que se estira, no seu rumo para o mar, fertilizando as suas margens, que se tornam áreas abençoadas pela
fertilidade.
As aves são gratas à vida e, por isso, emitem seu mavioso canto, enchendo de sonora harmonia seus espaços.
O Sol é reconhecido ao Criador por sua natureza estelar, e, por esse motivo, além de projetar seu brilho sobre o corpo lunar, opaco, tornando-o formidável lâmpada que derrama prata sobre a imensidão, esparge sementes de
vida por todos os planetas que se lhe tornaram satélites.
A lua se mostra agradecida ao Supremo Pai e coopera grandemente para os
movimentos das marés, que, agitando a enorme massa líquida, contribui para o equilíbrio planetário.
Como bem podemos ver, é verdade que tudo se une em agradecimento ao nosso Pai Maior. Cada coisa ou cada ser, a seu modo, sabe ser penhorado.
Pense, então, a respeito das suas relações com a vida e sobre o modo como tem se mostrado grato a DEUS. Importante é que, muito embora possamos orar a
DEUS, com entusiasmo ou com tristeza
n'alma, no cerne da nossa oração possamos não apenas pedir, mas, também, louvar e agradecer ao Dispensador Absoluto, através de uma existência rica de belezas, plena de construções nobilitantes, para que se estabeleça em cada um de nós a sonhada ventura, patrimônio inalienável de quem aprende a agradecer pelas bênçãos que recebe a cada momento,contribuindo com os
projetos do Pai pelos caminhos do mundo.

(Mensagem psicografada em 25.12.2002 - Niterói - RJ - Raul
 Teixeira/Rosângela)


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O Senhor não nos chamou para exercer o papel de censores de Sua Obra. Se lhe
aceitaste o convite para colaborar na seara de amor e luz do Reino de DEUS, recorda que fomos engajados, com a permissão dele, nas fileiras do bem, para compreender e abençoar, trabalhar e servir.

(Obra: Passos da Vida - Chico Xavier/Emmanuel)



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AVE MARIA
Ave Maria cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre Jesus.
Santa Maria, Mãe de Jesus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.

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PAI NOSSO
Pai nosso que estais no Céu, santificado seja o Vosso Nome, venha a nós o Vosso reino, seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.
 
JESUS




Recebi essa mensagem de um amigo muito querido uma pessoa sábia o qual admiro muito e resolvi compartilhar pois achei maravilhosa!!!
Desejo a todos uma semana de muita paz e luz com meu carinho que Jesus abençoe.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Você é Feliz



Todos estão à procura da felicidade. Ninguém diria em sã consciência que não deseja ser feliz. Ricos e pobres, homens e mulheres, crianças e adultos, doentes e sãos, religiosos e ateus, enfim, todos querem a tal felicidade. Daí por que todos a procuram, nos mais variados lugares e das mais diferentes formas. Mas, se a procura é grande, nem sempre o encontro ocorre.
Para muitos, a conquista da felicidade está associada à aquisição de bens materiais. Pensam, por exemplo, que serão felizes quando comprarem aquele carro importado, aquela casa na praia ou quando ganharem grande fortuna na loteria. E, por vezes, chegam até ao intento sonhado, mas, a despeito da riqueza, continuam infelizes, sentem um enorme vazio existencial. A fortuna alcançada só aumentou a carga de sofrimentos daquela pessoa, com o acréscimo das preocupações que antes não a visitavam.
Outros ancoraram o sonho da felicidade na busca da fama, do sucesso, do poder. Imaginam que só o reconhecimento público de seus talentos artísticos ou intelectuais poderá fazê-los felizes. E, de igual forma, muitas vezes vem o sucesso, vem a consagração, mas a felicidade não vem junto. Ao contrário, ficaram mais tristes. Apesar de serem publicamente conhecidos, continuam sós. Temem a aproximação das pessoas. Vivem a dualidade da fama e da solidão e dizem, com frequência, que dariam tudo para levar uma vida comum. Certa feita, ouvi de um famoso cantor que seu maior desejo era poder ir à praia como uma pessoa comum. Mas a fama não lhe permitia desfrutar desse simples prazer da vida.
Para outros a felicidade está condicionada à inexistência de problemas. Dizem eles:
"Como posso ser feliz carregando vários tormentos?"
E assim caminham pela vida aguardando o dia em que seus problemas terminem para aí sim desfrutarem a tal felicidade.
Mas existirá alguém na face da terra que não tenha problemas?
Não pensemos que uma pessoa rica esteja isenta de dificuldades. Pode não ter as preocupações com a moeda, mas certamente tem outras aflições que a riqueza não é capaz de superar. O ouro não resolve todos os problemas. Que o digam aqueles afortunados que desejariam saborear as melhores comidas do mundo, mas que por doenças tormentosas sequer podem alimentar-se de um simples prato de arroz e feijão.
Então muitas pessoas estão condicionando a felicidade à ocorrência de um fator externo. Só serão felizes quando forem ricas; quando forem famosas; quando forem amadas; quando arranjarem um bom emprego; quando não tiverem problemas; e a lista prossegue sem fim.
E nós? Será que também estamos condicionando a nossa felicidade a algum acontecimento, a algum bem material, a alguma pessoa? Será esse o caminho da felicidade? Certamente, não. A felicidade não está fora de nós. Ela é, antes de tudo, um estado de espírito, uma maneira de ver a vida e não um determinado acontecimento.
Deus, que nos quer bem e, portanto, deseja a nossa felicidade, não faria com que este sublime sentimento ficasse na dependência de algum evento futuro, incerto e externo.
Podemos alcançar a felicidade hoje, agora, a despeito dos problemas que estejamos enfrentando. Basta olhar a vida com outros olhos, mudando as lentes pelas quais enxergamos os fatos.
A vida não é um problema, é um desafio.
Ela nos apresenta oportunidades de crescimento, notadamente nos setores onde mais necessitamos. Por detrás dos problemas existem lições, desafios, tarefas. E grande ventura tomará conta de nós quando vencermos os obstáculos que a vida nos apresenta. O Sermão da Montanha é a pura prova de que somente serão bem-aventurados aqueles que souberem superar as dificuldades da vida. Se o amigo leitor ainda não está convencido, basta então olhar para as pessoas felizes e verificar que todas elas passaram por grandes provas e expiações. Lembremo-nos dos primeiros cristãos, que seguiam cantando alegres até a arena onde seriam devorados pelas feras.
Lembremo-nos da felicidade de Francisco de Assis, conquistada na humildade, na pobreza e no serviço ao próximo. O santo da humildade era moço rico, mas vivia amargurado na riqueza que possuía. Só encontrou a paz depois que renunciou à vida fácil e se entregou à riqueza do espírito. Não nos esqueçamos de que Paulo de Tarso, que na condição do poderoso Saulo era infeliz, mas voltou a viver após o célebre encontro com Jesus na Estrada de Damasco. Paulo perdeu o poder temporal, mas encontrou a felicidade pessoal. Gandhi encontrou a sua felicidade na luta pela paz. Madre Tereza e Irmã Dulce, apesar dos inúmeros padecimentos que sofreram, conseguiram encontrar a felicidade na felicidade que podiam proporcionar aos desvalidos do caminho. Albert Schweitzer, médico, encontrou a felicidade vivendo 52 anos de sua vida entre os povos primitivos da África.
Como esquecer a permanente alegria de Chico Xavier? E olha que problemas na vida não lhe faltaram. Perguntem ao médium de Uberaba se ele estaria disposto a passar por todas as provações que a vida lhe marcou. A resposta já é conhecida de todos. Chico já disse mais de mil vezes que faria tudo de novo e que pretende, no mundo espiritual, continuar a sua tarefa de médium.
Então, amigo, a felicidade não consiste em ter bens materiais, posição social ou poder político.
A felicidade não pode ser conquistada fora de nós, embora seja sempre lá que a procuramos.
Vicente de Carvalho já considerou que a felicidade existe, mas é difícil de ser alcançada, porque está sempre onde a pomos e nunca a pomos onde estamos. E nós já dispomos de tudo para sermos felizes hoje, apesar das dificuldades pelas quais atravessamos. Aliás, são os desafios que nos impulsionam ao progresso. Já pensou o que seria da sua vida sem desafios? Será que você aguentaria passar o resto de sua vida deitado numa rede? Por quanto tempo você conseguiria viver na ociosidade? Nunca vi um espírito superior ficar um minuto sem trabalho.
Encaremos a vida com os olhos do bem, com a visão do amor e com o concreto desejo de olharmos à nossa volta e verificarmos que o Pai tudo nos legou para que a nossa felicidade se efetive já. Abençoemos o trabalho em que a vida nos situou; santifiquemos a família terrena do jeito que os familiares são; enfrentemos com dinamismo e alegria os obstáculos da vida e assim, amando e servindo, haveremos de encontrar a felicidade que há muito tempo espera por nós.
Será que você vai concordar comigo?
 Escrito por José Carlos De Lucca   

Sugestão de leitura

Sem medo de ser feliz
Autor: José Carlos de Lucca

Páginas: 185
Em todos os tempos, o homem sempre buscou a felicidade.
Mas que felicidade é essa que quanto mais se procura mais distante fica?
Será o encontro de um grande amor, a conquista de riqueza, de saúde, de uma família harmoniosa?
Sem Medo de Ser Feliz nos faz refletir sobre essa tão almejada felicidade e, sem impor regras ou fórmulas mágicas, nos mostra que ela está bem perto de nós, mas que, para alcançá-la, é necessário conhecermos a nós mesmos.
De forma agradável e despretensiosa, este livro nos fará refletir sobre as nossas atitudes, as dos outros e a maneira de encararmos a vida, mudando nosso conceito de felicidade, com certeza, para melhor.



domingo, 27 de novembro de 2011

Amigo Ingrato



Causa-te surpresa o fato de ser o teu acusador de agora, o amigo aturdido de ontem, que um dia pediu-te abrigo ao coração gentil e ora não te concede ensejo, sequer, para esclarecimentos.
Despertas, espantado, ante a relação de impiedosas queixas que guardava de ti, ele que recebeu, dos teus lábios e da tua paciência, as excelentes lições de bondade e de sabedoria, com as quais cresceu emocional e culturalmente.
Percebes, acabrunhado, que as tuas palavras foram, pelo teu amigo, transformadas em relhos com os quais, neste momento, te rasga as carnes da alma, ele, que sempre se refugiou no teu conforto moral.
Reprocha-te a conduta, o companheiro que recebeste com carinho, sustentando-lhe a fragilidade e contornando as suas reações de temperamento agressivo.
Tornou-se, de um para outro momento, dono da verdade e chama-te mentiroso.
Ofereceste-lhe licor estimulante e recebes vinagre de volta.
Doaste-lhe coragem para a luta, e retribui-te com o desânimo para que fracasses.
Ele pretende as estrelas e empurra-te para o pântano.
Repleta-se de amor e descarrega bílis na tua memória, ameaçando-te sem palavras.
*
Não te desalentes!
O mundo é impermanente.
O afeto de hoje torna-se o adversário de amanhã.
As mãos que perfumas e beijas, serão, talvez, as que te esbofetearão, carregadas de urze.
*
Há mais crucificadores do que solidários na via de redenção.
Esquecem-se, os homens, do bem recebido, transformando-se em cobradores cruéis, sem possuírem qualquer crédito.
Talvez o teu amigo te inveje a paz, a irrestrita confiança em Deus, e, por isto, quer perturbar-te.
Persevera, tranqüilo!
Ele e isto, esta provação, passarão logo, menos o que és, o que faças.
Se erraste, e ele te azorraga, alegra-te, e resgata o teu equívoco.
Se estás inocente, credita-lhe as tuas dores atuais, que te aprimoram e te aproximam de Deus.
*
Não lhe guardes rancor.
Recorda que foi um amigo, quem traiu e acusou Jesus; outro amigo negou-O, três vezes consecutivas, e os demais amigos fugiram dEle.
Quase todos O abandonaram e O censuraram, tributando-Lhe a responsabilidade pelo medo e pelas dores que passaram a experimentar. Todavia, Ele não os censurou, não os abandonou e voltou a buscá-los, inspirá-los e conduzi-los de volta ao reino de Deus, por amá-los em demasia.
Assim, não te permitas afligir, nem perturbar pelas acusações do teu amigo, que está enfermo e não sabe, porque a ingratidão, a impiedade e a indiferença são psicopatologias muito graves no organismo social e humano da Terra dos nossos dias.
* * *
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Felicidade.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Salvador, BA: LEAL, 1990.


Conceito de Ingratidão - Denomina-se ingratidão a ausência de um sentimento positivo e harmonizador ao não reconhecer o bem que outrem nos proporcionou por emoções de baixo teor vibratório típicas do ser ingrato.
Emoções Associadas à Ingratidão - A ingratidão frequentemente se apresenta seguida por atitudes não elevadas por parte do indivíduo ingrato. Exemplificado: não é rara a ocorrência de uma sensação de raiva em relação àquele que prestou auxílio. O beneficiado se considera humilhado devido à sua natureza orgulhosa. Observa-se também a presença de inveja, sentimento que direciona contra o benfeitor. O indivíduo auxiliado sente um misto de tristeza e rancor por não possuir o bem ou a qualidade ética daquele que o orientou. Em muitas ocasiões houve precipitação do benfeitor que não aguardou o momento oportuno no amadurecimento do seu assistindo. Como disse Jesus: " Não atirai pérolas aos porcos para que eles não as pisem com os pés".
Compreensão Fluídico-energética da Ingratidão - A ingratidão caracteriza-se por emanações energéticas de baixa frequência e ondas longas (grande comprimento ondulatório). Estas ondas produzem cores escuras e opacas, portanto, destituídas de brilho e luminosidade.
Consequências do Sentimento de Ingratidão - Ao se deixar envolver pelo sentimento de ingratidão, o indivíduo estabelece sintonia, no plano extra físico, com energias da mesma frequência. Em razão deste fato, amplia seus contatos com esferas espirituais de baixo teor vibratório. Passa, ao se deter nesta postura ingrata, a se distanciar da luminosidade dos Espíritos protetores e a se identificar com a frequência vibratória de entidades sofredoras, as quais intercambiam energias deste nível de pensamentos e emoções.

Consequência da Ingratidão do Beneficiado sobre o Benfeitor 
1 Quando o benfeitor compreende: perdoa. Neste caso, cresce espiritualmente ao exercitar o entendimento e a humanidade. Perdoando o ingrato, atrai para si maior simpatia e amor dos Espíritos de luz (e dos protetores do ingrato), sintonizando sua mente em faixas superiores. 
2 Quando o benfeitor se magoa e sofre: passa, nesse caso, a entrar em sintonia com as ondas de tristeza e mágoa que ampliam seu sofrimento. Há uma queda de nível vibratório que fragiliza o benfeitor, tornando-o, portanto, suscetível a Espíritos sofredores. 
3 Quando o 'benfeitor' reage e revida contra o ingrato: passa a entrar na mesma frequência vibratória do ingrato, torna-se igual a ele e assimila a ação dos obsessores espirituais. Pode, neste caso, enfermar-se física ou psiquicamente.


Desejo a todos uma semana de muita paz e amor!!!
Com meu carinho
Vera Freire Palma




quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Na luta contra o câncer!!!

Reynaldo Gianecchini, em entrevista para o Fantástico, com Patrícia Poeta, fala com serenidade sobre luta que está passando contra um linfoma (câncer que ataca as defesas do organismo). A exemplo do pai, que faleceu recentemente com câncer, o ator revela acreditar e ter passado por tratamento espiritual. Gianecchini também agradece o carinho dos fãs.

www.serespirita.com.br
É uma revista espírita publicada pela Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas (SBEE), com a missão de levar uma mensagem contextualizada do Espiritismo no século 21. A revista é editada pela Eslética Editora.










O Gigante Deitado. Nascido em Ituiutaba (MG), em 1 de novembro de 1939 e tendo desencarnado em 25 de novembro de 1989, a vida do médium Jerônimo Mendonça foi um exemplo de superação de limites...

Totalmente paralítico há mais de trinta anos, sem mover nem o pescoço, cego há mais de vinte anos, com artrite reumatoide que lhe dava dores terríveis no peito e em todo o corpo, era levado por mãos amigas por todo o Brasil a fora para proferir palestras. Foi tão grande o seu exemplo que foi apelidado. O Gigante Deitado pelos amigos e pela imprensa. Houve uma época, em meados de 1960, quando ainda enxergava, que Jerônimo quase desencarnou de uma hemorragia acentuada das vias urinárias. Estava internado num hospital de Ituiutaba quando o médico, amigo, chamou seus companheiros espíritas que ali estavam e lhes disse que o caso não tinha solução. A hemorragia não cedia e ele ia desencarnar. Doutor será que podemos pelo menos levá-lo até Uberaba para despedir-se de Chico Xavier? Eles são muito amigos. Só se for de avião. De carro ele morre no meio do caminho. Um de seus amigos tinha avião. Levaram-no para Uberaba. O lençol que o cobria era branco e quando chegaram a Uberaba estava vermelho, tinto de sangue. Chegaram à Comunhão Espírita onde o Chico trabalhava, mas ele não estava àquela hora, ele participava de trabalho de peregrinação, visita fraterna, levando o pão e o evangelho aos pobres e doentes. Ao chegar, vendo o amigo vermelho de sangue disse Chico: - Olha só quem está nos visitando! O Jerônimo! Está parecendo uma rosa vermelha! Vamos todos dar um beijo nessa rosa, mas com muito cuidado para ela não se despetalar. Um a um, os companheiros passavam e lhe davam um suave beijo no rosto. Ele sentia a vibração da energia fluídica que recebia em cada beijo. Finalmente, Chico deu-lhe um beijo, colocando a mão no seu abdome e assim permanecendo por alguns minutos. Era a sensação de um choque de alta voltagem saindo da mão de Chico, o que Jerônimo percebeu. A hemorragia parou. Ele que, fraco, havia ido ali se despedir para desencarnar, acabou fazendo a explanação evangélica a pedido de Chico. Em seguida veio a seguinte explicação: Você sabe o porquê desta hemorragia, Jerônimo? Não Chico. - Foi porque você aceitou o coitadinho. Coitadinho do Jerônimo, coitadinho... Você desenvolveu a auto piedade. Começou a ter dó de você mesmo. Isso gerou um processo destrutivo. O seu pensamento negativo fluidicamente interferiu no seu corpo físico, gerando a lesão. Doravante Jerônimo, vença o coitadinho. Tenha bom ânimo, alegre-se, cante, brinque, para que os outros não sintam piedade de você. Ele seguiu o conselho. A partir de então, após as palestras ele cantava e contava histórias hilariantes sobre as suas dificuldades. A maioria das pessoas esquecia, nestes momentos, que ele era cego e paralítico. Tornava-se igual aos sadios. Jerônimo sobreviveu quase trinta anos após a hemorragia fatal. Venceu o coitadinho. Que essa história nos seja um exemplo para que nos momentos difíceis tenhamos bom ânimo, vencendo a nossa tendência natural de auto piedade e esmorecimento. 

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Natal

O Natal é a revelação crítica do Evangelho de Cristo que é a encarnação na consciência humana da dedicação, a evolução, o conhecimento para a vida.
O Evangelista, aquele que entendeu a mensagem de Cristo, apresenta fibra, coragem, honestidade, inteligência, sentimento de justiça, paciência, consideração pelo próximo, caridade, amor, fraternidade, renúncia à vaidade, ao orgulho, à inveja, portanto, pleno exercício de fé em Deus e integral amor ao próximo.
Quando alcançamos as lides do Evangelho de Jesus Cristo, fazemos prontidão para a vida, a diversidade, o pluralismo sem perder o equilíbrio.
O espírita faz devotamento ao bem, está sempre buscando a verdade, procurando viver a fortaleza do espírito, a capacidade de resistir aos revezes, fazendo esforços para se elevar acima de todas as derrotas, criando, integrando-se na permanente luta pela justiça e pelo bem.
O Evangelho de Cristo nos ensina a extrair conhecimentos, lições de todas as experiências que vivemos procurando acertar sempre.
A Casa Espírita faz o Evangelho redivivo, ensina a todos a pensar, a procurar a verdade, a ser a dinâmica da justiça, do bem, da fraternidade, da evolução.
O Evangelho Segundo o Espiritismo é a base moral da renovação, do conhecimento, da sabedoria, da moral e da espiritualização do homem.
Viver o Evangelho cristão significa exercitar a humildade, o trabalho, a disciplina pessoal, a caridade, o perdão, a certeza da imortalidade e da eternidade.
A educação do Evangelho é saber recomeçar, a cada segundo da consciência, da existência, não esquecendo nunca que a sabedoria da felicidade está no amor ao próximo.
O Natal é a sublimidade evanescente da vida.
Felicidade, luz, paz.
O abraço afetuoso de
Leocádio José Correia
Mensagem psicografada pelo médium Maury Rodrigues da Cruz na Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas – Curitiba -PR

Minha admiração e carinho por este mentor espiritual, que muito tem me ajudado, fazendo com que eu me sinta fortalecida e agradecida eternamente.
Vera Palma

domingo, 20 de novembro de 2011

O Novo Testamento nos fala do nascimento de Jesus e narra de maneira sublime a vinda dele entre nós

Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra e boa vontade para com os homens.
( Lucas, 2: 14. )


O Evangelho de Lucas, no capítulo 2, v.14, conta do aparecimento de um anjo aos pastores, enviado por Deus, anunciando a presença de Seu Filho, o Cristo, ungido por Ele, nosso Pai Celestial, com a missão de trazer a todos os homens a sua paz.

O anúncio que o anjo de Deus fez e o aparecimento das legiões que o acompanhavam nos permitem refletir um pouco sobre esse momento de sublimidade, que a cada ano vemos repetir-se, sem, contudo alterar nossas vidas.
Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra e boa vontade para com os homens, nos disse o Emissário Celeste, conduzindo os pastores, que guardavam seus rebanhos durante a noite, a buscarem a luz da estrela que ficaria brilhando para sempre em nossos corações.


Na verdade, louvamos ao Pai nas Alturas Celestes por nos ter enviado o Messias, o Cristo. Mas, também é verdade que, ainda hoje, não conseguimos entender seus ensinamentos e por essa razão a mensagem do anjo não se concretiza. Não temos ainda condição de, através de Jesus, estabelecer a paz na Terra porque não conseguimos ter boa vontade uns com os outros. Ou será que o anúncio da boa vontade a que o anjo se referiu é a boa vontade de Deus para com os homens ao nos enviar Jesus?

É importante refletirmos sobre isso para que não repitamos as palavras do anjo, apenas em cartões de Natal, que enviamos, às vezes, por simples obrigação, mas, sim, porque desejamos realmente compartilhar a alegria desse dia. É imprescindível verificarmos se no abraço que damos no companheiro, repetindo as palavras?Paz em seu lar? Muita paz em seu coração? Elas representam verdadeiramente, o sentimento fraterno de que desejo ao outro o que quero para mim. Ou se somente cumprimos um ritual social ao qual estamos acostumados.
É necessário repensarmos nossos sentimentos nesta ocasião porque Natal significa nascimento e nascimento quer dizer renovação recomeço ou, talvez, apenas começo. Começo de nova caminhada, de novos entendimentos, de nova compreensão de o porquê estar aqui, de quais são nossas tarefas, de quais são nossas reais necessidades, de procurarmos descobrir com vontade firme e perseverança nossas capacidades interiores de sermos pessoas melhores, de aprendermos a ser mais tolerantes, mais misericordiosos, mais companheiros dos nossos companheiros de jornada, porque nunca caminhamos sozinhos.


De sermos também mais indulgentes com quem nos magoam mais generosos conosco ao pararmos de nos sentir culpados por termos escolhido caminhos tortuosos que ignorávamos não deveriam ser percorridos.

Desconhecíamos, antes, a Lei Divina de que tudo que fizermos aos outros, a nós retorna. Porém, hoje, mais conscientes dos nossos deveres morais para com nossos companheiros de caminhada evolutiva, já não cometemos tantos equívocos. Apesar de ainda termos dificuldades para perdoar, de não conseguirmos nos desprender de preconceitos, de ainda sermos intolerantes para com aqueles que não atendem nossos desejos, de ainda nos julgarmos mais importantes que os outros por razões que perante as Leis de Deus, não têm nenhuma importância, já somos capazes de pequenas renúncias em favor dos nossos filhos e de nossos entes amados.

Já nos permitimos não guardar rancores, apesar de ainda alojarmos mágoas em nossos corações, frutos de um sentimento de egoísmo que ainda é tão presente em nossas atitudes. Hoje, já somos capazes de não agirmos com violência física e às vezes até verbal diante de situações que, certamente, ontem, nos fariam cometer desatinos. Tudo isso nos mostra o quanto pudemos caminhar.

Algumas vezes dizemos: Mas, falta tanto! É verdade, mas também é bom olharmos o quanto já caminhamos. Basta voltarmos nossos olhos para trás e, voltando no tempo, percebermos as grandes mudanças na nossa maneira de conduzir a vida.

Natal significa nascimento, nosso nascimento a cada dia que amanhece.

Assim como a luz do Cristo brilhou para nós com sua vinda, a cada manhã a luz da renovação brilha em nossos corações nos convidando ao aperfeiçoamento e à iluminação.


E que renovação é essa a qual somos convidados a realizar cada dia? Que luz é essa que sentimos brilhar dentro de nós e que nos fortalece para que comecemos nossa jornada com ânimo e alegria?


A resposta a essas perguntas encontra dentro de nós próprios, na certeza de que somos amparados, de que apesar das dificuldades de cada dia, colheremos o fruto da nossa sementeira de lutas. Mas, para que isso aconteça, é preciso que tenhamos fé. Não aquela fé de quem hoje crê - porque tudo está bem e está relativamente feliz e em paz - e amanhã não crê porque a dificuldade lhe bate à porta, chamando-o para a luta redentora.

Estamos falando da fé de quem sabe que pela Bondade Divina temos Jesus ao nosso lado, nos sustentando através do Seu Evangelho de Luz e de Amor.

Sabemos que a Terra não é lugar só de alegrias, pois encontramos aflições e lágrimas por todos os cantos e, por causa disso, muitas vezes, um sentimento de pesar toma conta de nossos pensamentos, e nos deixamos envolver na atmosfera de iniqüidade que nos rodeia, pela violência sem sentido, pela falta de respeito com a vida. Todavia, quando esse sentimento se fizer sentir em nossos corações, lembremo-nos de Jesus. Lembremos que a cada um será dado conforme suas obras e que cabe a nós, a cada um de nós, a construção de um planeta melhor, com mais amor, com mais fraternidade e mais tolerância de uns para com os outros. Estaremos, certamente, espantando de nossas mentes essas imagens desequilibrantes que desarmonizam nossa alma e nos fazem valorizar o que precisa e deve ser combatido com fé e com amor, através de pensamentos construtivos no bem.

Cabe a nós nos lembrarmos sempre de que a paz na Terra a qual se referiu o Emissário de Deus, anunciando o nascimento de Jesus, não é a paz entre conflitos, mas a paz construída diariamente, incessantemente, dentro de nós, buscando a mansidão, a doçura e a meiguice nos nossos pensamentos, nos nossos atos e nas nossas palavras, como nos exemplificou o doce Rabino da Galileia.

A paz na Terra é a paz da bem-aventurança prometida por Jesus, em nome de Deus e que já está sendo vivida por aqueles que irradiam, ao seu redor, uma atmosfera de amor para com todos; daqueles que são capazes de praticar o bem sem nada pedirem em troca; daqueles que podem dizer, ao se prepararem para dormir: Obrigado Jesus por ter podido ser útil ao meu próximo neste dia.


A conquista da paz interior é exercício do amor verdadeiro em benefício dos outros e esse exercício não cansa o coração que ama. Muito pelo contrário, nos fortalece e nos anima para as lutas diárias, nos acalma e nos alegra mesmo diante de dificuldades, porque, acima de tudo, acreditamos na promessa de que somos os herdeiros do Reino dos Céus.


Herdeiros de um céu que já existe em nós quando compreendemos o porquê da vinda do Cordeiro de Deus entre nós; quando, atendendo ao chamado do Pai, buscamos a luz do Cristo através dos seus ensinamentos.

Natal significa nascimento de Jesus em nossos corações. Significa o nascimento da esperança, a cada dia, quando conseguimos compreender a semeadura de luzes que Jesus veio realizar em nós. E, quando nos dermos conta de que temos, ao despertar em cada manhã, infinitas possibilidades de trabalho para nossa elevação, e que, na realização delas, encontramos as sementes luminosas do Mestre clareando nossa caminhada, entenderemos o que significa comemorar o Natal, porque o estaremos realizando em nossos próprios corações.

Temos consciência de que é com bastante dificuldade que conseguimos nos manter, algumas vezes, ligado a essa luz. Mas também temos consciência de que nosso esforço para que isso aconteça mais de uma vez e para que esse tempo dure cada vez mais, é sempre recompensado pelas benesses divinas.

Cada movimento que fazemos para nos elevarmos acima dos sentimentos egoístas que ainda nos comandam a vida, nos aproxima do Mestre Jesus. Cada vez que abaixamos os olhos e conseguimos ver nosso irmão necessitado, principalmente em nossos lares, tendo a coragem de estender-lhe a mão, reerguendo-o para que caminhe ao nosso lado, estamos fazendo Jesus nascer dentro de nós.


Somos ainda Espíritos jovens no entendimento das coisas divinas. Sentimos Jesus tão distantes de nós e não o percebemos ao nosso lado, representado pelo cuidado que dispensamos ao nosso lar, pelo atendimento aos aflitos que nos cruzam o caminho, pela necessidade que sentimos de fazer o bem, pela paciência que temos com o colega de trabalho que se encontra aturdido, pela educação com que tratamos aqueles que nos servem, e tantas outras formas, que nem sabemos quantas.

E, justamente por não compreendermos bem onde está Jesus, ficamos aguardando, tanto no Natal como todos os dias, que o Divino Amigo venha nos abençoar e atender nossas rogativas. Ficamos esperando que Ele desça até nós atendendo aos nossos desejos, enquanto o Mestre querido, pacientemente, permanece aguardando que, através das luzes dos seus ensinamentos, subamos até ele.

Que possamos todos, principalmente neste Natal, renovar nossas disposições de atender ao chamamento de Jesus: Vinde a mim vós que estais aflitos que eu vos aliviarei.



Que Jesus abençoe a todos!!!