domingo, 31 de agosto de 2014

Construir



Para construir a floresta, a natureza gasta séculos de serviço.
Para destruí-la, basta a chispa de fogo.

Para construir a casa, grande turma de obreiros despende longos dias.
Para destruí-la, basta somente um só homem de picareta, no espaço de algumas horas.

Para construir um jarro de legítima porcelana, o ceramista utiliza tempo enorme de vigília e preparação.
Para destruí-lo, basta um martelo.

Para construir o avião, primorosa equipe de técnicos associa prodígios de inteligência, na ação do conjunto.
Para destruí-lo, basta um erro de cálculo.

Para construir o depósito de combustíveis, o homem é constrangido a providências numerosas, alusivas à edificação e à preservação.
Para destruí-lo, basta um fósforo aceso.

Para construir uma cidade, o povo emprega anos e anos de sacrifício.
Para destruí-la, basta hoje uma bomba.


Irmãos, sempre chamamos à crítica, respeitemos o esforço nobre dos semelhantes.
Para construir, são necessários amor e trabalho, estudo e competência, compreensão e serenidade, disciplina e devotamento.
Para destruir, porém, basta o golpe.

(Obra: Mensagens de Luz por Chico Xavier)


Mensagem da Criança



Dizes que sou o futuro,
Não me desampares no presente.
Dizes que sou a esperança da paz,
Não me induzas à guerra.
Dizes que sou a promessa do bem,
Não me confies ao mal.
Dizes que sou a luz dos teus olhos,
Não me abandones ás trevas.
Não espero somente o teu pão,
Dá-me luz e entendimento.
Não desejo tão só a festa do teu carinho,
Suplico-te amor com que me eduques.
Não te rogo apenas brinquedos,
Peço-te bons exemplos e boas palavras.
Não sou simples ornamento de teu carinho,
Sou alguém que te bate à porta
em nome de Deus.
Ensina-me o trabalho e a humildade, o devotamento e o perdão.
Compadece-te de mim e orienta-me
para o que seja bom e justo.
Corrija-me enquanto é tempo,
ainda que eu sofra...
Ajude-me hoje para que amanhã
eu não te faça chorar.



(Antologia da Criança, Meimei/ Psicografado por Chico Xavier)




“As crianças são os seres que Deus envia em novas existências e, para que não lhes possa impor uma severidade muito grande, dá-lhes todas as aparências da inocência. Mesmo para uma criança naturalmente má, cobrem-se-lhe as faltas com a não-consciência dos seus atos. Essa inocência não é uma superioridade real sobre o que eram antes; não, é a imagem do que deveriam ser e, se não o são, é sobre elas somente que recai o castigo.
(...)
A infância tem, ainda, uma outra utilidade: os Espíritos não entram na vida corporal senão para se aperfeiçoar, se melhorar; a fraqueza da pouca idade os torna flexíveis, acessíveis aos conselhos da experiência e daqueles que os devem fazer progredir.(...) tal é o dever que Deus confiou aos pais, missão sagrada pela qual deverão responder.”

(trecho de O Livro dos Espíritos, questão 384, pg 178)


sexta-feira, 29 de agosto de 2014