quinta-feira, 16 de junho de 2011

O Novo Testamento (II) A Lei Divina



    Desconhecíamos, antes, a Lei Divina de que tudo que fizermos aos outros, a nós retorna. Porém, hoje, mais conscientes dos nossos deveres morais para com nossos companheiros de caminhada evolutiva, já não cometemos tantos equívocos. Apesar de ainda termos dificuldades para perdoar, de não conseguirmos nos desprender de preconceitos, de ainda sermos intolerantes para com aqueles que não atendem nossos desejos, de ainda nos julgarmos mais importantes que os outros por razões que perante as Leis de Deus, não têm nenhuma importância, já somos capazes de pequenas renúncias em favor dos nossos filhos e de nossos entes amados. 
    Já nos permitimos não guardar rancores, apesar de ainda alojarmos mágoas em nossos corações, frutos de um sentimento de egoísmo que ainda é tão presente em nossas atitudes. Hoje, já somos capazes de não agirmos com violência física e às vezes até verbal diante de situações que, certamente, ontem, nos fariam cometer desatinos. Tudo isso nos mostra o quanto pudemos caminhar.
   Algumas vezes dizemos: Mas, falta tanto! É verdade, mas também é bom olharmos o quanto já caminhamos. Basta voltarmos nossos olhos para trás e, voltando no tempo, percebermos as grandes mudanças na nossa maneira de conduzir a vida.
Natal significa nascimento, nosso nascimento a cada dia que amanhece. 
     Assim como a luz do Cristo brilhou para nós com sua vinda, a cada manhã a luz da renovação brilha em nossos corações nos convidando ao aperfeiçoamento e à iluminação.
E que renovação é essa a qual somos convidados a realizar cada dia? Que luz é essa que sentimos brilhar dentro de nós e que nos fortalece para que comecemos nossa jornada com ânimo e alegria?
   A resposta a essas perguntas encontra dentro de nós próprios, na certeza de que somos amparados, de que apesar das dificuldades de cada dia, colheremos o fruto da nossa sementeira de lutas. Mas, para que isso aconteça, é preciso que tenhamos fé. Não aquela fé de quem hoje crê - porque tudo está bem e está relativamente feliz e em paz - e amanhã não crê porque a dificuldade lhe bate à porta, chamando-o para a luta redentora. 
Estamos falando da fé de quem sabe que pela Bondade Divina temos Jesus ao nosso lado, nos sustentando através do Seu Evangelho de Luz e de Amor.
    Sabemos que a Terra não é lugar só de alegrias, pois encontramos aflições e lágrimas por todos os cantos e, por causa disso, muitas vezes, um sentimento de pesar toma conta de nossos pensamentos, e nos deixamos envolver na atmosfera de iniqüidade que nos rodeia, pela violência sem sentido, pela falta de respeito com a vida. Todavia, quando esse sentimento se fizer sentir em nossos corações, lembremo-nos de Jesus. Lembremos que a cada um será dado conforme suas obras e que cabe a nós, a cada um de nós, a construção de um planeta melhor, com mais amor, com mais fraternidade e mais tolerância de uns para com os outros. Estaremos, certamente, espantando de nossas mentes essas imagens desequilibrantes que desarmonizam nossa alma e nos fazem valorizar o que precisa e deve ser combatido com fé e com amor, através de pensamentos construtivos no bem.
    Cabe a nós nos lembrarmos sempre de que a paz na Terra a qual se referiu o Emissário de Deus, anunciando o nascimento de Jesus, não é a paz entre conflitos, mas a paz construída diariamente, incessantemente, dentro de nós, buscando a mansidão, a doçura e a meiguice nos nossos pensamentos, nos nossos atos e nas nossas palavras, como nos exemplificou o doce Rabino da Galiléia.

Leda Maria Flaborea

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