quinta-feira, 25 de agosto de 2011

O Evangelho no Lar também é uma prática extremamente eficaz para ajudar no relacionamento da família,como comprova o texto abaixo.




 Oásis de Luz

Suave, suavemente, belo jorro de luz desceu da amplidão, coroado, de todo, a casa singela.
Dir-se-ia que a construção fora atingida em segundos por fulgurante cascata de raios luminescentes.
Inflamara-se o teto de láurea rutilante.
As paredes coloridas por luminárias ocultas faziam-se transparentes, despedindo bonançosas centelhas.
De janelas e portas, fluíram, de inopino, caudais de bênçãos, qual se o ambiente interior estivesse inundado de nutriente energia.
Chamas blandiciosas dissolviam as sombras, desabotoando prematura alvorada em meio às trevas, noturnas. O firmamento, nos cimos, parecia célula cálida umbela deitando flores argenteadas sobre ânimo do ninho humano, que passara de condição de apagado recinto a ilha refulgente no mar escuro de alvenaria.
Os insetos da noite ciciaram com mais brandura. Cães das proximidades aplacaram ladridos. Os habitantes de residências vizinhas experimentaram sem perceber a inatingível presença de paz profunda.
Contudo, na intimidade doméstica, acentuava-se, deslumbrante, o painel festivo, qual se varinha mágica fizesse nascer de pessoas e coisas, balsâmicas radiações de entendimento e simpatia.
Trajara-se a sala modesta de surpreendente grandeza, convertida em deleitoso remanso por banho lustral de amor puro que fixava sorrisos musicais de bondade em cada fisionomia.
Halos fulgurantes revestiam todas as formas, alindando-lhes os traços e as cores sob o poder de ignoto cinzel.
Auréolas de esplendor tocaram os moradores.
Lágrimas de jubilosa esperança tremularam, furtivas, em olhos aluminados de reconforto.
Rostos brilhavam confiantes.
Impregnaram-se as frontes de lume tênue.
Palavras ressoaram mais ternas.
Tonificaram-se corações em novos haustos de força.
Alcandorou-se a emoção a eminências desconhecidas, em transportes de irresistível candura.
Na esteira de luz em torno, transeuntes do Espaço respiravam felizes, enquanto, não longe, menestréis da Vida Maior vocalizaram canções de bom ânimo para todo o grupo tocado de intenso brilho.
A transfiguração arrebatadora e imprevista era Jesus, o conviva celeste, em visita à casa humilde: instalara-se ali a custo santificante do Evangelho no lar.

Meimei

(Ideal Espírita, Chico Xavier – Espíritos diversos, cap.98,ed.Comunhão Espírita Cristã)

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